O Cristianismo não é
uma filosofia ou religião; é um relacionamento. Quando Deus realizou Sua obra
de novo nascimento em nós, nascemos em uma nova família. “Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos
filhos [crianças[1] (“teknon”) – JND] de Deus; aos que creem no Seu nome; Os quais não nasceram do sangue,
nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus” (Jo
1:12-13). Mas como Cristãos não somos simplesmente parte de uma nova família,
também fomos trazidos a um novo lugar de privilégio com Deus. Abraão conhecia El Shadai,
isto é, Deus Todo-Poderoso. Os filhos de Israel foram trazidos para ainda mais
perto; eles conheciam a Deus pelo Seu nome, Jeová (Êx 6:3). Como Cristãos, no
entanto, fomos trazidos ao relacionamento mais próximo e íntimo de todos. Deus
nos chama de Seus filhos e temos o privilégio de chamá-lo de Pai[2].
Essas não são meras declarações de um fato; temos a percepção consciente desse
relacionamento por meio do Espírito Santo (Rm 8:15; Gl 4:6). Para uma criança,
a expressão “Papai” vem naturalmente; da mesma forma, “Abba Pai”, para o filho de Deus. Se nunca tivemos a liberdade de
nos ajoelhar e nos dirigir a Deus Pai – não como Pai celestial, como se Ele fosse uma figura distante, mas como Abba Pai – então perdemos muito de
nossos privilégios e bênçãos como filhos de Deus.
O Pai quer filhos
mais do que servos. Sim, como veremos em breve, Ele também deseja e aprecia o
serviço, mas quer que primeiro saibamos que somos filhos. “Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei
contra o céu e perante ti; Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros
... Mas o pai disse aos seus servos:
Trazei depressa o melhor vestido, e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e
alparcas nos pés; E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos; Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi
achado” (Lc 15:18-19, 22-24). Imagine se o filho fosse e dormisse no
alojamento dos criados naquela noite! Isto é o que os gálatas estavam fazendo.
Eles foram desviados pelos doutores da lei. Embora a alegação fosse a
espiritualidade, na realidade eles foram levados à escravidão como crianças sob
o comando de um professor. Deus quer que agora vivamos como filhos e herdeiros
e não como criancinhas ou servos: “Já não
és mais servo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro de Deus por
Cristo” (Gl 4:7).
[1]
N. do T.: É de vital importância perceber a grande diferença entre os termos “nascido de Deus” (“uihos” em grego) e “filho de
Deus” (“teknon”), como revelados
no Novo Testamento, pois nos capacita a desfrutar de que não apenas somos nascidos na família de Deus pelo
Seu ato soberano ao nos conceder vida divina – a qual todos em Sua família têm
– mas quão distinguidos Deus
nos quis tornar em Sua família ao nos trazer à posição de “filhos de Deus”, na própria aceitação que Cristo mesmo tem diante
de Deus. Nessa posição temos relacionamento, entendimento e comunhão que nenhum
outro “nascido de Deus” desfruta. A
expressão “Abba Pai” foi apenas
revelada no Novo Testamento e somente pronunciada pelos “filhos de Deus”, pois receberam o “espírito de adoção” (Rm 8:15; Gl 4:6).
[2]
N. do A.: Enquanto
criança expressa relacionamento, filho fala de privilégio.
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