“E
consideremo-nos uns aos outros, para nos
estimularmos à caridade e às boas obras. Não deixando a nossa congregação, como
é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto
vedes que se vai aproximando aquele dia” (Hb 10:24-25). Deus
nunca pretendeu que nós, como crentes, vivêssemos nossa vida isoladamente – nem
mesmo, aliás, como associações independentes de Cristãos.
A palavra comunhão em si mesma significa ter em comum ou ser encontrado em associação com. Em um contexto bíblico, no
entanto, aquilo que é tido em comum ou mantido em associação é muito
importante. A comunhão Cristã não é simplesmente uma comunidade de crentes. As
pessoas gostam de formar associações em torno de interesses ou atividades.
Dessa maneira, elas podem compartilhar seu entusiasmo e aprender umas com as
outras. Nossa comunhão como Cristãos certamente deve refletir algo disso –
devemos admoestar um ao outro – mas, como dito, a comunhão Cristã vai
além de um interesse comum.
Deus pretendia que
nós, como crentes, expressássemos coletivamente a unidade que é nossa, no Pai e
o Filho. No evangelho de João, lemos: “Para
que todos sejam um, como Tu, ó Pai, o és em Mim, e Eu em Ti; que também eles
sejam um em Nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste” (Jo 17:21).
Nossa comunhão não é apenas um benefício para nós mesmos; ela é para a glória
de Deus e deveria ser um testemunho para este mundo. Embora isso tenha sua
plena expressão quando aparecermos com Cristo, todavia algo disso deve caracterizar
a comunhão Cristã que agora praticamos.
Na primeira carta de João, lemos: “O
que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos
olhos, o que contemplamos e o que as nossas mãos apalparam, a respeito do Verbo
da vida (pois a vida se manifestou, e nós a temos visto, e testificamos dela, e
vos anunciamos esta vida eterna que estava com o Pai e a nós se manifestou); o
que temos visto e ouvido, também vo-lo anunciamos, para que vós também tenhais comunhão conosco. A nossa comunhão é com o
Pai, e com Seu Filho Jesus Cristo” (1 Jo 1:1-3). A vida eterna não nos foi apresentada como uma mera
doutrina abstrata. Vemos sua expressão viva na vida do Senhor Jesus, e como
Cristãos, agora possuímos esta mesma vida. “Estas
coisas vos escrevi, para que saibais que tendes a vida eterna, vós que
credes no nome do Filho de Deus” (1 Jo 5:13). Em seu evangelho, João nos dá a vida
eterna manifestada na vida de Jesus; sua primeira epístola se refere à manifestação
dessa vida no crente. É uma vida que nos leva à comunhão uns com os outros e
com o Pai e Seu Filho, Jesus Cristo. Esta é uma comunhão que vai além dos laços
de uma crença comum. É uma vida compartilhada com desejos compartilhados e é
uma vida que nos conecta com o Pai e o Filho. Seria realmente estranho
encontrar outro Cristão que relutasse em falar do Senhor Jesus Cristo. Esta é
uma comunhão que devemos ser capazes de compartilhar com qualquer filho de
Deus.
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