terça-feira, 29 de setembro de 2020

Comunhão Cristã - Introdução

“E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos à caridade e às boas obras. Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia” (Hb 10:24-25). Deus nunca pretendeu que nós, como crentes, vivêssemos nossa vida isoladamente – nem mesmo, aliás, como associações independentes de Cristãos.

A palavra comunhão em si mesma significa ter em comum ou ser encontrado em associação com. Em um contexto bíblico, no entanto, aquilo que é tido em comum ou mantido em associação é muito importante. A comunhão Cristã não é simplesmente uma comunidade de crentes. As pessoas gostam de formar associações em torno de interesses ou atividades. Dessa maneira, elas podem compartilhar seu entusiasmo e aprender umas com as outras. Nossa comunhão como Cristãos certamente deve refletir algo disso – devemos admoestar um ao outro – mas, como dito, a comunhão Cristã vai além de um interesse comum.

Deus pretendia que nós, como crentes, expressássemos coletivamente a unidade que é nossa, no Pai e o Filho. No evangelho de João, lemos: “Para que todos sejam um, como Tu, ó Pai, o és em Mim, e Eu em Ti; que também eles sejam um em Nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste” (Jo 17:21). Nossa comunhão não é apenas um benefício para nós mesmos; ela é para a glória de Deus e deveria ser um testemunho para este mundo. Embora isso tenha sua plena expressão quando aparecermos com Cristo, todavia algo disso deve caracterizar a comunhão Cristã que agora praticamos.

Na primeira carta de João, lemos: “O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos olhos, o que contemplamos e o que as nossas mãos apalparam, a respeito do Verbo da vida (pois a vida se manifestou, e nós a temos visto, e testificamos dela, e vos anunciamos esta vida eterna que estava com o Pai e a nós se manifestou); o que temos visto e ouvido, também vo-lo anunciamos, para que vós também tenhais comunhão conosco. A nossa comunhão é com o Pai, e com Seu Filho Jesus Cristo(1 Jo 1:1-3). A vida eterna não nos foi apresentada como uma mera doutrina abstrata. Vemos sua expressão viva na vida do Senhor Jesus, e como Cristãos, agora possuímos esta mesma vida. Estas coisas vos escrevi, para que saibais que tendes a vida eterna, vós que credes no nome do Filho de Deus (1 Jo 5:13). Em seu evangelho, João nos dá a vida eterna manifestada na vida de Jesus; sua primeira epístola se refere à manifestação dessa vida no crente. É uma vida que nos leva à comunhão uns com os outros e com o Pai e Seu Filho, Jesus Cristo. Esta é uma comunhão que vai além dos laços de uma crença comum. É uma vida compartilhada com desejos compartilhados e é uma vida que nos conecta com o Pai e o Filho. Seria realmente estranho encontrar outro Cristão que relutasse em falar do Senhor Jesus Cristo. Esta é uma comunhão que devemos ser capazes de compartilhar com qualquer filho de Deus.

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