“O Pai procura a tais que assim O
adorem” (Jo
4:23). Sim, Deus procura adoradores. Ele deseja adoração mais do que serviço.
Infelizmente, a Cristandade conseguiu, de modo geral, fazer da adoração algo
sobre nós. Vamos à igreja (para usar
a expressão comum) para receber; dar é secundário. Vamos para experimentar um
alto nível espiritual. Vamos para ser alimentados, assim podemos agradecer e
louvar a Deus em troca. A adoração, no entanto, não é sobre nós, nem de maneira
alguma direcionada a nós. Estamos aqui nesta Terra para trazer glória a Deus.
Embora isso deva ser verdade em todos os aspectos de nossa vida, a adoração é o
primeiro meio pelo qual honramos a Deus.
Adoração é expressa ao Pai; seu
grande objeto é o Senhor Jesus Cristo. É a resposta apropriada do coração de
todo crente, sob o poder do Espírito Santo, quando ele está ocupado com as
glórias do Pai e do Filho. Quando pensamos em Deus, o Pai, e Seu Filho, Jesus
Cristo, naqueles atributos especiais que são manifestados com infinita
perfeição em cada um, nosso coração transborda de adoração, louvor e
agradecimento.
Quando o apóstolo Paulo escreveu
as palavras finais do capítulo 11 de Romanos: “Porque
Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de
misericórdia” (Rm
11:32) – seu coração transbordou. Posso imaginá-lo olhando para as palavras que
acabara de escrever e reconhecendo que toda bênção para o homem repousa sobre a
graça soberana de Deus. Tudo, absolutamente tudo, está centrado em Deus: Seu
amor, Sua misericórdia, Sua graça – é tudo sobre Ele. “Porque
d’Ele e por Ele, e para Ele, são
todas as coisas; glória pois a Ele eternamente. Amém” (Rm 11:36). Paulo não pôde se
conter e ele fecha a porção com uma doxologia[1]
louvando e adorando a Deus.
[1]
N. do A.: Literalmente,
uma palavra de glória, isto é, um
louvor.
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