No Cristianismo não
existe um altar ou templo físico, e ainda lemos: “Temos um altar, de que não têm direito de comer os que servem ao
tabernáculo” (Hb 13:10). A distinção feita entre aquilo que pertencia a
Israel e o que pertence ao Cristianismo nos dá o caráter do altar mencionado.
Nosso altar é espiritual, sobre o qual são oferecidos sacrifícios espirituais. “Portanto ofereçamos sempre por Ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto
dos lábios que confessam o Seu nome. E não vos esqueçais da beneficência e
comunicação, porque com tais sacrifícios Deus Se agrada” (Hb 13:15-16).
Pedro também escreve: “Vós também, como
pedras vivas, sois edificados casa
espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais
agradáveis a Deus por Jesus Cristo” (1 Pe 2:5).
É bom lembrar que a
palavra Igreja na Escritura nunca se
refere a um edifício, mas sempre a crentes. “E chegou a fama destas coisas aos ouvidos da igreja que estava em
Jerusalém” (At 11:22). Os edifícios não têm ouvidos! A Igreja de Deus –
também chamada corpo de Cristo – é composta por todos os verdadeiros crentes
desta atual dispensação (Ef 1:22-23). Também lemos sobre igrejas locais. Nos
dias dos apóstolos, essas consistiam dos crentes em uma determinada localidade
– por exemplo: “a igreja que estava em
Jerusalém”; “às igrejas da Galácia”;
“À igreja de Deus que está em Corinto”
(At 11:22; Gl 1:2; 1 Co 1:2)[1].
Infelizmente,
temos de dizer, nos dias dos apóstolos,
porque as igrejas hoje não são a
expressão do corpo de Cristo. As congregações são formadas em torno de líderes,
de mestres, de estatutos, de objetivos e de todos os outros princípios, exceto
o estabelecido na Palavra de Deus. A
Escritura não chama essas reuniões de igrejas; elas são identificadas como
divisões sectárias (1 Co 1:12-13, 11:18-19).
Também devemos reconhecer da
Escritura que a igreja local não é simplesmente uma reunião de crentes. Os dois
ou três em Mateus 18:16 são distintos da igreja; os dois ou três que “são colocados juntos para o Meu nome”
(Mt 18:16-17, 20 – JND). Ser reunido para o nome do Senhor Jesus Cristo é um
ato do Espírito de Deus. O Senhor nos deu a promessa de Sua presença quando
somos assim reunidos: “aí estou Eu no
meio deles” (Mt 18:20). Não é porque Cristo vem até nós, mas porque estamos reunidos a Ele. “Saiamos,
pois, a Ele fora do arraial, levando o Seu vitupério” (Hb 13:10, 13). Não é uma posição
de glória, mas uma posição de reprovação.
Infelizmente, a promessa da
presença do Senhor foi reduzida a uma expressão sem sentido. Tornou-se a
aprovação do homem sobre aquilo que ele cria. O Senhor recebe pouca honra e
nenhuma autoridade na assembleia. Se realmente reconhecemos que o Senhor Jesus
está presente quando estamos reunidos para o Seu Nome, que cuidado, que
reverência e que adoração isso então produziria! Cristo é o centro de nossa
adoração, tanto como nosso centro de reunião como também nosso objeto.
[1]
N. do A.: A
palavra grega traduzida como igreja
também pode ser traduzida como assembleia; existem alguns casos em que é
usada em sentido geral (At 7:38 – JND, 19:39 – JND).
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