Nossa primeira fonte
para o ensino da sã doutrina deve ser a Palavra de Deus. Não é apenas o
texto original, ela é divinamente inspirada. Quanto mais nos afastamos de uma
fonte original, mais contaminada ela fica pelos pensamentos do intérprete. Isso
é verdade para a história, e é especialmente verdade para a Bíblia.
A Bíblia tem estado
sob ataque desde o seu início. Quer seja minando aqueles livros que formam o
cânone da Escritura, ou a suposta descoberta de novos manuscritos que
colocariam em questão o texto recebido, sua legitimidade é constantemente
questionada. O ceticismo[1] em
relação à Palavra de Deus está aumentando. De 2011 a 2013, a porcentagem de
indivíduos nos EUA que acreditam que a Bíblia é apenas mais um livro de
ensinamentos escritos por homens, que contêm histórias e conselhos, dobrou
de 10% para quase 20%[2].
A Palavra de Deus, no
entanto, é viva. É como nenhum outro escrito e é mais do que capaz de se
sustentar por seu próprio mérito: “Porque
a Palavra de Deus é viva e
eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à
divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir
os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4:12). Carregue uma cópia de
qualquer outro texto religioso por um campus da universidade, e pouco será
dito; leve uma Bíblia e os resultados serão bem diferentes. A Bíblia fala à
consciência. Por essa razão, o mundo a odeia. Até mesmo os Cristãos podem
relutar em lê-la. É muito mais fácil recorrer ao último best-seller Cristão do que ler a Palavra de Deus. Ele pode
encorajar, até desafiar, mas se for um best-seller,
ele não falará para a consciência.
A
Bíblia é o “sincero [puro – JND] leite da Palavra” (1 Pe 2:2 – KJV). Muitas vezes, é tratada como
algo muito difícil – que é sólido alimento apenas para os adultos. Isso levanta
a questão: Como esses Cristãos
amadureceram? Sim, a Escritura contém sólido
alimento, mas também encontramos nela o leite que todo Cristão recém-nascido
precisa desesperadamente para crescer normalmente (Hb 5:12-14). Grandes avanços
foram feitos nas fórmulas infantis, mas ainda assim, o melhor leite para o bebê
é o da mãe. Da mesma forma, podemos procurar simplificar a Bíblia, expor sobre
ela, mas nada alimenta como a pura Palavra de Deus.
Muitos assuntos são
bem mais difíceis de entender do que a Bíblia – cálculo, mecânica quântica,
bioquímica ou escolha um em que você tenha falhado no ensino médio ou na
faculdade! Não é uma questão de dificuldade, mas sim, de nosso próprio desinteresse.
Simplesmente não entendemos. Entender ou não o que lemos, depende muito do
estado de nossa alma: “Ora o homem
natural não compreende as coisas
do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque
elas se discernem espiritualmente” (1 Co 2:14). No entanto, como este
versículo sugere, não fomos deixados sem um guia. Realmente não temos desculpa.
“Mas, quando vier aqu’Ele Espírito de
verdade, Ele vos guiará em toda a verdade” (Jo 16:13). O Espírito de Deus toma
a Palavra de Deus e a torna boa para nós. Não tudo de uma vez, mas certamente
conforme formos precisando.
“Ora
estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom
grado receberam a palavra, examinando
cada dia nas Escrituras se estas coisas
eram assim” (At 17:11). Assim como os bereanos
examinavam as Escrituras diariamente, também devemos tornar isso nosso hábito
regular. É melhor que se encontre uma hora do dia em que a mente esteja aguçada
e organizada, distante dos cuidados do mundo, e que se use para ler, estudar e
meditar na Palavra de Deus. Apenas 20% dos americanos leem a Bíblia pelo menos
quatro vezes por semana; em contraste, 88% das famílias possuem uma Bíblia[3].
Uma Bíblia na prateleira não faz nada além de ajuntar poeira.
[1]
N. do T.: Ceticismo é uma corrente de
pensamento segundo a qual o espírito humano não pode ter certeza absoluta de
alcançar a verdade e deve abster-se de julgar. Diz, também, que toda afirmação
deve ser submetida a uma constante dúvida.
[2]
N. do A.: Pesquisa
da American Bible Society em 2013.
[3]
N. do A.: Pesquisa
da American Bible Society em 2013.
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