Para muitos, ser um
discípulo de Jesus define o que é ser um Cristão. A palavra Cristão provém do
grego “christianos” e significa um seguidor de Cristo. Vemos isso usado
a primeira vez com os discípulos em Antioquia. “E em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados Cristãos” (At 11:26). Exibir Cristo
em nossa vida é algo que até mesmo o mundo pode reconhecer. A atenção que isso
atrai, no entanto, nem sempre é positiva como Pedro aponta: “Mas, se padece como Cristão, não se envergonhe, antes glorifique a
Deus nesta parte” (1 Pe 4:16).
Precisamos nos
lembrar, no entanto, de que se tornar um discípulo não leva à salvação. O
discipulado flui da salvação. Muitos seguiram a Jesus, mas poucos foram
verdadeiros discípulos. “Jesus dizia,
pois, aos judeus que criam n’Ele: Se vós
permanecerdes na Minha palavra, verdadeiramente sereis Meus discípulos”
(Jo 8:31). Por outro lado, o discipulado não é uma opção para o crente. Não é
uma vida devotada que alguns escolhem e outros não. Quando recebemos Jesus
Cristo como nosso Senhor e Salvador, nos inscrevemos para o discipulado. É a
única maneira, como Cristão, de se ter uma vida plena e significativa. Muitas
coisas, no entanto, nos impedem de sermos os discípulos que deveríamos ser.
Quatro
características do discipulado são dadas pelo Senhor no evangelho de Lucas.
Elas são bastante incisivas:
- O Mestre deve ser supremo nas afeições do discípulo – Lucas 14:26: Nenhum outro relacionamento, por mais
próximo ou mais querido que seja, deve ter precedência sobre nosso
relacionamento com o Senhor.
- O
discípulo deve carregar sua cruz – Lucas 14:27: Não carregamos a cruz do
Senhor, mas temos nossa própria cruz para carregar. Na época em que o Senhor
Jesus estava falando, ver um homem carregando uma cruz era a marca de uma
sentença de morte. Carregar nossa cruz é carregar a sentença de morte deste
mundo sobre nós. “O mundo está crucificado para mim e eu para
o mundo”
(Gl 6:14).
- O custo deve ser entendido – Lucas 14:28: A menos que saibamos tudo o que é
nosso em Cristo, tanto nossa posição quanto nosso recurso diário, nunca seremos
capazes de suportar o custo do discipulado.
- O inimigo deve ser avaliado corretamente – Lucas 14:31-33: Se imaginarmos que podemos nos opor
às artimanhas do diabo com nossa própria força e confiança, o resultado final
será nos comprometer.
Muito poderia ser
escrito sobre discipulado[1].
Meu ponto, no entanto, não é ampliar este assunto agora. As qualidades de um
bom discípulo continuarão sendo tópicos nos capítulos restantes.
[1]
N. do A.: Para
um entendimento mais completo do assunto consulte: “Discipleship its Terms, Tests, and Rewards”, de Bruce Anstey.
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