terça-feira, 29 de setembro de 2020

Cristo: o Centro da Comunhão Cristã

Quando os 3.000 responderam à pregação de Pedro em Atos, capítulo dois, nós os encontramos primeiro se submetendo ao batismo. Embora o batismo seja amplamente reconhecido como identificação com a morte de Cristo, é importante ver que também nos separa de nossas antigas associações. Pedro disse-lhes “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados” (At 2:38), pois, ao fazê-lo, eles se salvariam desta geração perversa” (At 2:40). Este fato não se perde nas várias religiões deste mundo; para eles, o batismo Cristão é apostasia. Para os 3.000, houve uma ruptura clara e visível em relação àqueles que crucificaram e mataram o Senhor Jesus. Tendo rompido seus antigos laços, lemos a seguir: “E perseveravam na doutrina e comunhão dos apóstolos (At 2:42 – JND). Essa comunhão era completamente diferente daquela com a qual eles estavam formalmente associados. Não era uma comunhão que eles haviam criado; era aquela para a qual sua aceitação do evangelho os havia trazido. Além disso, ela era fundamentada na doutrina dos apóstolos – o ensino deles sobre a vida, morte, ressurreição e glória de Cristo. Alguém pode estar em comunhão com outros crentes e ainda assim não estar, em absoluto, na comunhão dos apóstolos. A pedra angular da comunhão Cristã é Cristo, e ela é fundamentada no ensino dos apóstolos (Ef 2:20).

Enquanto o apóstolo João fala da família de Deus, o apóstolo Paulo revela a verdade relativa à Igreja – o corpo de Cristo. A revelação do Mistério a respeito da Igreja foi dada ao apóstolo Paulo. A Igreja não pode ser encontrada no Velho Testamento, porque era um Mistério, oculto ao longo dos séculos (Rm 16:25; Ef 3:9; Cl 1:26). Não apenas o conceito estava oculto, mas a própria Igreja não existia; e de fato não poderia existir, até que Cristo, sua Cabeça, fosse glorificado e o Espírito Santo fosse enviado. A Igreja foi formada no dia de Pentecostes, quando os crentes em Jerusalém foram batizados em um corpo pelo Espírito Santo (1 Co 12:13; At 2:1-4). A Igreja não é uma extensão gentia de Israel, nem se tornou o novo Israel, espiritual ou não. A Igreja é um corpo inteiramente novo composto por todos os verdadeiros crentes desta e somente desta dispensação. “Para criar em Si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, E pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo (Ef 2:15-16). Independentemente de nossas falhas, “Há um só corpo” (Ef 4:4).

A comunhão que compartilhamos como crentes, deve refletir a verdade de um corpo. Nunca lemos na Escritura sobre círculos de comunhão Cristã, nem lemos sobre nossa comunhão. Além disso, não é algo que possamos criar. Na primeira carta de Paulo aos Coríntios, lemos: “Fiel é Deus, pelo Qual fostes chamados para a comunhão de Seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor (1 Co 1:9). Existe apenas uma comunhão, e ela só pode ser desfrutada por meio da comunhão com Cristo. Muita dificuldade entre crentes poderia ser evitada se reconhecêssemos que Cristo forma o centro da comunhão Cristã. Quando somos encontrados em comunhão com Ele, também seremos encontrados em verdadeira comunhão uns com os outros. Também não devemos esquecer que toda verdadeira comunhão Cristã é “comunhão do Espírito” (Fp 2:1 – ARA). Sem o Espírito de Deus, somos completamente impotentes para continuar juntos, numa expressão prática de comunhão.

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