Nos capítulos 1 a 8
de Romanos, temos o evangelho de Deus. Os capítulos 9 a 11 são parênteses e se
dirigem às premissas dadas aos judeus à luz do evangelho. O capítulo 12 então
começa: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus,
que apresenteis os vossos corpos
em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este
mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que
experimenteis qual seja a boa,
agradável, e perfeita vontade de Deus” (Rm 12:1-2). Deus fez o sacrifício
mais extremo em nosso favor, enviando Seu Filho para morrer por nós. Temos sido os recebedores de
Sua misericórdia soberana. Agora Deus deseja algo de nós. Ele não quer que dediquemos 10% de nossa vida a Ele, nem
mesmo 50%; Ele deseja 100%. Ele está procurando sacrifícios vivos – não
mártires, mas sacrifícios vivos, santos e agradáveis a Ele. O Senhor é o nosso
Exemplo máximo. Ele “não veio para ser
servido, mas para servir, e para dar
a Sua vida em resgate de
muitos” (Mt 20:28). Jesus veio para servir e dar Sua vida. Este versículo
em Romanos 12 não diz nada sobre
habilidade; é tudo sobre nossa disponibilidade.
Há, no entanto, uma
condição necessária para tal sacrifício de serviço. Os sacrifícios do Velho
Testamento não podiam ter manchas. Se nosso serviço é para ser agradável a
Deus, também devemos ser santos e separados para Ele. Assim como observamos no
capítulo anterior, não podemos ser um vaso útil para o Senhor sem que primeiro
tenhamos nos purificado de tudo o que é desonroso para Ele (2 Tm 2:20). Isso
deveria ser muito penetrante para cada um de nós.
Talvez alguém pense: Bem, eu serviria a Deus se soubesse qual é a
vontade d’Ele para mim. Se nossa mente estiver ocupada por interesses do
mundo, nossa visão será obscurecida. A Escritura diz: “se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz” (Mt 6:22).
Se os interesses de Deus são os nossos, não haverá falta de orientação quanto
ao serviço. Mas não podemos conhecer esses interesses, se não estivermos em
comunhão com Ele. Além disso, temos o Espírito Santo para nos dar discernimento
divino. “Pelo que não sejais insensatos,
mas entendei qual seja a vontade do Senhor” (Ef 5:17). Nosso serviço inteligente
fluirá a partir do nosso relacionamento adequado com Deus.
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