terça-feira, 29 de setembro de 2020

Sacrifícios Vivos

Nos capítulos 1 a 8 de Romanos, temos o evangelho de Deus. Os capítulos 9 a 11 são parênteses e se dirigem às premissas dadas aos judeus à luz do evangelho. O capítulo 12 então começa: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Rm 12:1-2). Deus fez o sacrifício mais extremo em nosso favor, enviando Seu Filho para morrer por nós. Temos sido os recebedores de Sua misericórdia soberana. Agora Deus deseja algo de nós. Ele não quer que dediquemos 10% de nossa vida a Ele, nem mesmo 50%; Ele deseja 100%. Ele está procurando sacrifícios vivos – não mártires, mas sacrifícios vivos, santos e agradáveis a Ele. O Senhor é o nosso Exemplo máximo. Ele “não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a Sua vida em resgate de muitos” (Mt 20:28). Jesus veio para servir e dar Sua vida. Este versículo em Romanos 12 não diz nada sobre habilidade; é tudo sobre nossa disponibilidade.

Há, no entanto, uma condição necessária para tal sacrifício de serviço. Os sacrifícios do Velho Testamento não podiam ter manchas. Se nosso serviço é para ser agradável a Deus, também devemos ser santos e separados para Ele. Assim como observamos no capítulo anterior, não podemos ser um vaso útil para o Senhor sem que primeiro tenhamos nos purificado de tudo o que é desonroso para Ele (2 Tm 2:20). Isso deveria ser muito penetrante para cada um de nós.

Talvez alguém pense: Bem, eu serviria a Deus se soubesse qual é a vontade d’Ele para mim. Se nossa mente estiver ocupada por interesses do mundo, nossa visão será obscurecida. A Escritura diz: “se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz” (Mt 6:22). Se os interesses de Deus são os nossos, não haverá falta de orientação quanto ao serviço. Mas não podemos conhecer esses interesses, se não estivermos em comunhão com Ele. Além disso, temos o Espírito Santo para nos dar discernimento divino. “Pelo que não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor” (Ef 5:17). Nosso serviço inteligente fluirá a partir do nosso relacionamento adequado com Deus.

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