terça-feira, 29 de setembro de 2020

Esperança e Provações - Cristo nossa Esperança

O poeta Alexander Pope escreveu: “A esperança brota eterna no seio humano”. Sem esperança, as coisas são inúteis – há uma boa razão para usarmos essa palavra. A esperança do Cristão é simplesmente: “Estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor” (Fp 1:23). Embora este versículo em particular fale de nosso estado na morte, quando ausente do corpo, nossa esperança na ressurreição não é diferente: “E assim estaremos sempre com o Senhor” (1 Ts 4:17). Essa é a única esperança significativa para a humanidade; tudo o mais repousa na incerteza e termina no túmulo. A esperança do Cristão repousa sobre a Palavra de Deus e é assegurada pela obra consumada de Cristo. Não é algo que desejamos com uma antecipação incerta, mas sim, é a conclusão do trabalho que Deus realizou por nós e em nós.

Como observamos no capítulo anterior, nossa esperança está nos céus e não aqui nesta Terra: “A esperança que vos está reservada nos céus” (Cl 1:5).

Além disso, está nos céus; não é o próprio céu. Nossa esperança é uma Pessoa, não um lugar. Se nossa esperança estivesse aqui neste mundo – e especialmente se estivesse no tempo presente –, teríamos todos os motivos para ficar deprimidos com o estado das coisas. Para os primeiros Cristãos judeus, uma esperança adiada exigia um ajuste em seus pensamentos. A esperança de Israel era terrenal; eles procuravam sua redenção como nação (Lc 24:21). Sua salvação sempre esteve ligada à libertação das provações terrenais: “lhes deste libertadores que os libertaram da mão de seus angustiadores” (Ne 9:27). Para o Cristão, no entanto, não temos tal promessa. De fato, o oposto é verdadeiro: o sofrimento é a experiência Cristã normal. Pedro escreveu como os profetas “testificaram os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir” (1 Pe 1:11). Isso foi verdade para o Senhor Jesus e também é o modelo para nós: o servo não é maior que seu mestre (Jo 15:20).

Nossa esperança celestial e nossas provações terrenais são repetidamente citadas no Novo Testamento. Vemos isso com as palavras do próprio Senhor Jesus: Não se turbe o vosso coração:... E, se Eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para Mim mesmo, para que onde Eu estiver estejais vós também (Jo 14:1-3). Ao considerarmos a importância da esperança do Cristão, não podemos escapar do assunto das provações – as duas estão entrelaçadas.

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