O poeta Alexander
Pope escreveu: “A esperança brota eterna
no seio humano”. Sem esperança, as coisas são inúteis – há uma boa razão
para usarmos essa palavra. A esperança do Cristão é simplesmente: “Estar com Cristo, porque isto é ainda
muito melhor” (Fp 1:23). Embora este versículo em particular fale de nosso
estado na morte, quando ausente do corpo, nossa esperança na ressurreição não é
diferente: “E assim estaremos sempre com
o Senhor” (1 Ts 4:17). Essa é a única esperança significativa para a
humanidade; tudo o mais repousa na incerteza e termina no túmulo. A esperança
do Cristão repousa sobre a Palavra de Deus e é assegurada pela obra consumada
de Cristo. Não é algo que desejamos com uma antecipação incerta, mas sim, é a
conclusão do trabalho que Deus realizou por nós e em nós.
Como observamos no
capítulo anterior, nossa esperança está nos céus e não aqui nesta Terra: “A esperança que vos está reservada nos
céus” (Cl 1:5).
Além disso, está nos céus; não é o próprio céu. Nossa
esperança é uma Pessoa, não um lugar. Se nossa esperança estivesse aqui neste
mundo – e especialmente se estivesse no tempo presente –, teríamos todos os
motivos para ficar deprimidos com o estado das coisas. Para os primeiros
Cristãos judeus, uma esperança adiada exigia um ajuste em seus pensamentos. A
esperança de Israel era terrenal; eles procuravam sua redenção como nação (Lc
24:21). Sua salvação sempre esteve ligada à libertação das provações terrenais:
“lhes deste libertadores que os
libertaram da mão de seus angustiadores” (Ne 9:27). Para o Cristão, no
entanto, não temos tal promessa. De fato, o oposto é verdadeiro: o sofrimento é
a experiência Cristã normal. Pedro escreveu como os profetas “testificaram os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir” (1 Pe
1:11). Isso foi verdade para o Senhor Jesus e também é o modelo para nós: o
servo não é maior que seu mestre (Jo 15:20).
Nossa esperança
celestial e nossas provações terrenais são repetidamente citadas no Novo
Testamento. Vemos isso com as palavras do próprio Senhor Jesus: “Não se turbe o vosso coração:... E, se Eu for, e vos preparar lugar, virei
outra vez e vos levarei para Mim mesmo, para que onde Eu estiver estejais
vós também” (Jo 14:1-3). Ao considerarmos a importância da esperança do
Cristão, não podemos escapar do assunto das provações – as duas estão
entrelaçadas.
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