Não podemos servir a
Deus, a menos que primeiro nos rendamos a Ele em obediência. “Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe
obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a
morte, ou da obediência para a justiça?” (Rm 6:16) Isso começa com a nossa
salvação, mas não termina aí. “Mas
agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para
santificação” (Rm 6:22). Temos um novo Mestre. Paulo, Timóteo, Tiago, Pedro
e Judas são todos descritos como servos
de Jesus Cristo. A palavra servo significa escravo. Esta palavra, no
entanto, está envolta em conotações negativas (e com razão) e então pode ser
difícil vermos o que isso significa para o crente. Não há servidão ou crueldade
no serviço de Deus. “Porque o Meu jugo é
suave e o Meu fardo é leve” (Mt 11:30). De fato, quem é do Senhor, embora possa
ser naturalmente um escravo, é homem livre do Senhor! E, opostamente, embora possamos
ser livres, naturalmente falando, pertencendo ao Senhor, somos agora Seus
escravos (1 Co 7:22).
Deus não está procurando serviço sob
escravidão ou um senso de dever. Não é isso que significa ser um escravo de Jesus
Cristo. Uma parábola bastante notável em Lucas 17 demonstra isso – leia
versículos 7-10. O serviço deve fluir de nossa devoção ao Senhor. Ele quer primeiro devoção e depois serviço. “Porque o amor de Cristo nos
constrange” (2 Co
5:14). Esta foi a resposta de Paulo a este amor que o compeliu a servir. Falando
de forma natural, queremos usar o serviço para mostrar nossa devoção – isso
coloca o eu antes e Cristo depois. Deve ser o contrário. Além disso, o Senhor
deseja cooperadores (2 Co 6:1). Ele quer que sejamos cooperadores no trabalho
junto com Ele.
Quando consideramos o assunto da adoração, notamos como Deus busca primeiro adoração e depois serviço. Lucas 17 nos lembra disso novamente. A parábola do servo obediente é imediatamente seguida pela história dos dez leprosos. Dos dez, apenas um manifestou interesse no Senhor. Apenas um desejou um relacionamento com Ele. Deus primeiro quer sacerdotes santos, oferecendo sacrifícios espirituais a Deus (1 Pe 2:5), e depois Ele quer sacerdotes reais que anunciem “as virtudes d'Aquele que vos [nos] chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz” (1 Pe 2:9). O primeiro é voltado para Deus, o segundo é voltado para o homem. Mas mesmo aquilo que é voltado para o homem deve ser para o louvor da glória de Deus. “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5:16). Se esquecermos de colocar a adoração antes do serviço, nossa adoração será vazia e nosso serviço, egoísta. Por outro lado, o verdadeiro adorador não pode deixar de ser um servo.
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